Em um ranking anual de uso de tecnologias de telecomunicação tais como redes, celulares e computadores, o Brasil aparece em sexto, sim, sexto lugar entre os países em desenvolvimento, a frente do Brasil, Malásia, que usa da tática mais óbvia, uma parceria entre o setor público e o privado, a África do Sul, impulsionada pelo investimento em ano de copa do mundo, mas que ainda assim tem uma internet que perde para um pombo correio, o Chile que vem aparecendo cada vez mais nos últimos anos dentre as economias em ascensão, a Argentina, não tenho o que escrever, um país que vem de crise e abalos políticos, mas que ainda assim cobra metade do valor que as habituais empresas de telefonia brasileiras e finalmente a Rússia, que nos últimos anos investiu forte em transmissões através de fibra óptica e que tem uma forte concorrência interna na área de transmissão de dados.
A posição mesquinha do Brasil é no mínimo curiosa em um país que tanto fala em inclusão digital. Talvez a ANATEL, que “fiscaliza” as empresas de telecomunicação do Brasil, não passe de mais um cabide empregos, ou centro de nepotismos, afinal de contas, temos a maior carga tributária do mundo, mas ao mesmo tempo, a internet mais cara e uma das piores acompanhada de um salário miserável. Não é questão política, meter o pau no governo, odiar o Lula ou qualquer coisa do gênero, esses mesmos erros vem se arrastando por gerações.
Pra efeito de comparação, no Japão se paga em média U$$ 0,27/MB de banda larga, no Brasil essa média aumenta pra U$$ 13,00/MB, ou seja, pagamos muito mais por um serviço ruim, uma velocidade baixa, um atendimento bizarro e um total descaso do órgão supervisor.
A Telefonica Espanhola levou uma multa de 350 milhões de euros da União Européia por descaso com os seus clientes e aqui na terra do progresso? No país do futuro, do pré-sal, do biocombustível e afins? Como em todos os setores reina a falcatrua, um monopólio que todos fingem não ver.
O mais engraçado de tudo é que se por um acaso você ligar pra alguma dessas empresas e pedir o cancelamento, te prendem uma hora no telefone, só falta oferecer caixas de bombom e flores no plano. Li em algum lugar da internet que um cidadão que possuía o plano de 256 kb/s da Brasil Telecom e pagava algo em torno de R$ 59,90, ligou na mesma e pediu o cancelamento, ofereceram um plano de 2 MB/s, ou seja, quase 8 vezes mais por 49,90 e aí, como explicar? Qual o real valor afinal? O custo que a empresa de telefonia realmente tem pra manter essas linhas ligadas condiz com o que é cobrado? Ao que tudo indica, não, afinal de contas, o preço não deveria ser igual pra todos? Pra quem é ingênuo fica calado e aceita esperando que o tempo mude tudo cobram os dois olhos da cara, quem tenta se manifestar ganha regalias, descontos e afins, talvez queiram calar a boca dos indignados.
Por fim, sempre reina aquela mesma história, somos um país de dimensões continentais, não é tão fácil quanto em países de menor porte, ou seja, bullshit! Um país que tanto exalta crescer mais que alguns de primeiro mundo, não pode se dar ao luxo de se fazer de coitadinho, ao menos creio eu que não pegaria bem.
Talvez quando o governo resolver tomar vergonha na cara e levar adiante o plano de banda larga/telefonia acessível e de qualidade pra fazer frente aos lixos de hoje como a Oi e companhia, aí sim o Brasil pode pensar em subir nesse ranking, enquanto isso, vão se contentar em perder pra países ridículos e falidos como a Argentina e África do Sul.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Sobre tudo, nada e o tédio 2.0
Nossa, mais de dois meses sem escrever nada aqui, talvez as férias tenham bloqueado meus acessos de criatividade, não os tive mais depois que elas começaram, na verdade não tive mais vontade de fazer muita coisa.
Pensando bem, até tive ideias, pensei em escrever sobre a ignorância que eu testemunhei numa discussão: religiosos vs. “ateus”, sobre outra discussão envolvendo música, mas me faltava um pouco de vontade, quem sabe daqui a alguns dias, quando voltar pra minha boa e velha rotina eu poste minha opinião aqui, também pensei em escrever sobre as férias, mas já haviam outros posts envolvendo tédio e como esse seria tédio puro, por um momento deixei a ideia de lado. Enfim, na verdade não tinha sobre o que escrever e acabei acatando o pedido de quem vem evitando que minhas férias sejam um completo desastre, então, já que a Anna insiste, vou voltar atrás na decisão de não escrever sobre esses últimos dias sem nada pra fazer.
Férias, aquele momento que todo estudante reza por um ano todo pra que cheguem logo aqueles 2~3 meses só coçando o saco, acordando meio dia, comendo feito um boi, cultivando uma barba de Papai Noel por absoluta preguiça de fazê-la, enfim, a magia das férias. E eu fui um desses estudantes...
Quando cheguei aqui na minha cidade natal logo vi que talvez esse período não seria bem o que eu esperava, com o tempo meu receio só se confirmou.
Todos imaginam as férias perfeitas, a minha não envolvia ficar o dia todo no PC, na verdade, passava longe disso, entretanto, meus planos de férias perfeitas começaram a cair por terra no dia que eu voltei a machucar o joelho, nona vez, a mais dolorida, a primeira vez que me caíram lágrimas dos olhos, por um momento pensei que as luxações que me tiravam temporariamente do futebol, tinham voltado pra me deixar uma lição e mostrar de uma vez por todas que teimosia não leva a lugar algum.
Por sorte, o mesmo de sempre, luxação, voltei ao médico, pela quarta vez, terceiro diagnóstico diferente, mas finalmente um consistente, bastou um simples ultra-som, o resultado? Tróclea rasa nos dois joelhos, um derrame não muito relevante e um ligamento inflamado, por um fio, é, a lição ficou.
A ideia de um médico falar que você tem muita sorte de ainda estar com o ligamento no lugar e de estar fazendo um simples ultra-som e não uma consulta de emergência pra acertar os último detalhes antes da cirurgia e que provavelmente essa sorte não resistiria até a décima luxação, é aterrorizante, mas ao mesmo tempo foi a melhor coisa que eu poderia ter ouvido de um médico desde aquele dezembro de 2007, véspera do vestibular da UFSC em que o cidadão que se dizia médico disse que a minha lesão não era nada de mais. A medicina é uma profissão linda, pena que alguns ignorantes ainda conseguem manchar essa beleza. Mas enfim, sem joelho bom, sem academia, sem aguentar muito em pé, sem conseguir subir escadas direito... sem conseguir caminhar direito.
No começo meus dias se resumiam a gelo, perna levantada, antiinflamatórios, caminhar me escorando nas paredes e doses literalmente cavalares de um spray parecido com gelol, mas usado em animais de grande porte e cavalos de corrida. É, eu realmente não tinha pensado nisso nos meus planos de férias perfeitas.
No mais, resumo tudo em tédio, livros, horas de MSN (parte boa das férias), música, filmes, sinuca, piscina, ficar deitado na sala vendo o tempo passar, chatear a Gabi e uma ida a Floripa que, por mais que também tenha sido entediante, ao menos serviu pra que eu arrumasse um lugar pra morar longe de morros e matasse um pouco da saudade do fim de tarde olhando o mar.
Bom, sexta eu volto pra Floripa, pro meu ap, minhas coisas, futuramente pra os meus estudos, que eu prometi que serão mais frequentes, enfim, pra minha boêmia!
Até lá talvez eu volte a postar aqui, não sei se pra falar da decepção com o carnaval desse ano, que acabou seguindo a linha das férias, ou só por compartilhar meu lado crítico.
Agora, vou dormir, espero que o fim da tarde chegue logo.
http://www.youtube.com/watch?v=UJIZeoCryxE
Pensando bem, até tive ideias, pensei em escrever sobre a ignorância que eu testemunhei numa discussão: religiosos vs. “ateus”, sobre outra discussão envolvendo música, mas me faltava um pouco de vontade, quem sabe daqui a alguns dias, quando voltar pra minha boa e velha rotina eu poste minha opinião aqui, também pensei em escrever sobre as férias, mas já haviam outros posts envolvendo tédio e como esse seria tédio puro, por um momento deixei a ideia de lado. Enfim, na verdade não tinha sobre o que escrever e acabei acatando o pedido de quem vem evitando que minhas férias sejam um completo desastre, então, já que a Anna insiste, vou voltar atrás na decisão de não escrever sobre esses últimos dias sem nada pra fazer.
Férias, aquele momento que todo estudante reza por um ano todo pra que cheguem logo aqueles 2~3 meses só coçando o saco, acordando meio dia, comendo feito um boi, cultivando uma barba de Papai Noel por absoluta preguiça de fazê-la, enfim, a magia das férias. E eu fui um desses estudantes...
Quando cheguei aqui na minha cidade natal logo vi que talvez esse período não seria bem o que eu esperava, com o tempo meu receio só se confirmou.
Todos imaginam as férias perfeitas, a minha não envolvia ficar o dia todo no PC, na verdade, passava longe disso, entretanto, meus planos de férias perfeitas começaram a cair por terra no dia que eu voltei a machucar o joelho, nona vez, a mais dolorida, a primeira vez que me caíram lágrimas dos olhos, por um momento pensei que as luxações que me tiravam temporariamente do futebol, tinham voltado pra me deixar uma lição e mostrar de uma vez por todas que teimosia não leva a lugar algum.
Por sorte, o mesmo de sempre, luxação, voltei ao médico, pela quarta vez, terceiro diagnóstico diferente, mas finalmente um consistente, bastou um simples ultra-som, o resultado? Tróclea rasa nos dois joelhos, um derrame não muito relevante e um ligamento inflamado, por um fio, é, a lição ficou.
A ideia de um médico falar que você tem muita sorte de ainda estar com o ligamento no lugar e de estar fazendo um simples ultra-som e não uma consulta de emergência pra acertar os último detalhes antes da cirurgia e que provavelmente essa sorte não resistiria até a décima luxação, é aterrorizante, mas ao mesmo tempo foi a melhor coisa que eu poderia ter ouvido de um médico desde aquele dezembro de 2007, véspera do vestibular da UFSC em que o cidadão que se dizia médico disse que a minha lesão não era nada de mais. A medicina é uma profissão linda, pena que alguns ignorantes ainda conseguem manchar essa beleza. Mas enfim, sem joelho bom, sem academia, sem aguentar muito em pé, sem conseguir subir escadas direito... sem conseguir caminhar direito.
No começo meus dias se resumiam a gelo, perna levantada, antiinflamatórios, caminhar me escorando nas paredes e doses literalmente cavalares de um spray parecido com gelol, mas usado em animais de grande porte e cavalos de corrida. É, eu realmente não tinha pensado nisso nos meus planos de férias perfeitas.
No mais, resumo tudo em tédio, livros, horas de MSN (parte boa das férias), música, filmes, sinuca, piscina, ficar deitado na sala vendo o tempo passar, chatear a Gabi e uma ida a Floripa que, por mais que também tenha sido entediante, ao menos serviu pra que eu arrumasse um lugar pra morar longe de morros e matasse um pouco da saudade do fim de tarde olhando o mar.
Bom, sexta eu volto pra Floripa, pro meu ap, minhas coisas, futuramente pra os meus estudos, que eu prometi que serão mais frequentes, enfim, pra minha boêmia!
Até lá talvez eu volte a postar aqui, não sei se pra falar da decepção com o carnaval desse ano, que acabou seguindo a linha das férias, ou só por compartilhar meu lado crítico.
Agora, vou dormir, espero que o fim da tarde chegue logo.
http://www.youtube.com/watch?v=UJIZeoCryxE
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