sábado, 3 de abril de 2010

E quem irá dizer que não existe razão?

“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz!”
Isso nunca fez tanto sentido pra mim como nos últimos tempos, conviver com um misto de ansiedade e alegria, ao mesmo tempo que tudo vai se ajeitando. Pelo visto, Paulo Coelho acertou quando disse que se você quer muito uma coisa, o universo conspira a seu favor.

A questão é que as angústias que antes me atormentavam, aos poucos se afastam e as peças vão se encaixando lentamente, a velocidade com que isso acontece não me interessa, tenho aprendido a dar um passo de cada vez e esperar o resultado de cada um desses passos.

Confesso que tenho sonhado muito, sobre inúmeras coisas, entretanto, Raul se perguntava porque os sonhos foram feitos pra gente não viver? Engraçado que é justamente pensando nisso que eu procuro cada vez mais alimentar esses sonhos na minha teimosia de contrariar essa ideia e mostrar que desejando profundamente, nada, absolutamente nada é inalcançável, ainda mais quando “my wishes are sincere”.

Meus últimos textos vinham sendo recheados de uma melancolia disfarçada, em partes causada pelo meu vício de fazer tudo que eu quero e sinto sem medir as reais consequencias que isso pode vir a causar, mas em momento nenhum me arrependo, inclusive, se pudesse voltar no tempo faria tudo exatamente igual, afinal de contas, já diziam as avós, é errando que se aprende a acertar, e eu não sou do tipo que se contenta em aprender só o que passa através da retina.

Engraçado, antes de eu começar a escrever esse texto, era só pra ser um relato dos últimos dias, das inúmeras risadas com a gurizada em casa, das aulas pouco aproveitadas, de comprar presente pra Gabi com a Anna no centro, ou de ir no shopping com a Pri pra comprar roupa pra mim e ficar boa parte do tempo segurando blusas e bolsas pra ela! Haha
Até detalharia tudo isso, mas é o tipo de coisa que eu precisaria de mais um texto, como são duas da manhã, deixo pra próxima. O que não pode faltar é um pequeno, porém essencial, relato desses dois últimos dias que mexeram muito comigo.

Foram poucas as vezes em que eu realmente me empolguei na hora de voltar pra casa, mas dessa vez foi diferente. Ao mesmo tempo que eu - em momento algum - queria sair daquele ônibus e aceitar que a viagem tinha chegado ao fim, de sentir aquele friozinho gostoso e ficar praticamente a noite toda acordado sem a mínima vontade de dormir, usando toda força do mundo pra manter meus olhos abertos e não desperdiçar nem um minuto se quer, eu também queria chegar, dar um aperto de mão e um abraço no meu pai, mesmo sabendo que ele não tem muito jeito pra isso, de abraçar minha mãe com toda força sentindo aquele aconchego e aquele calor materno típico, ou então de acordar com beijos a minha “irmãzinha” e entregar pra ela o presente de Páscoa reparando bem em cada movimento facial, em cada brilho no olho ou vermelho nas bochechas de quando eu falei “é, pelo visto tu nem vai querer tirar mais, ainda mais quando eu disser quem foi que escolheu!”.

São coisas que vem mexendo mais comigo do que o habitual, sentimentos que afloram com mais facilidade. Não sei qual a causa, mas me agrada, não pela parte de mudança de humor em si e sim pelo atual momento, só espero que ele continue, e se depender de mim, vai continuar, afinal de contas já cantava Rodolfo “Se o fogo é bom eu deixo queimar!”

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