Agora, pelo que eu pude ver a nova moda é associar esse mesmo “humor” com causas ambientais; seria um sinal de melhora? Bom, pra mim é mais uma dose de hipocrisia, mais uma tentativa de chamar a atenção dos telespectadores leigos que acham o máximo o “pessoal de bom coração da TV” pedindo que o povo não jogue lixo nos rios.
Chico Anísio deve sentir uma profunda tristeza ao ver tais programas, um remake ridículo da sua boa e velha escolhinha do Professor Raimundo agora interpretada por pseudo-artistas medíocres e sem talento. Bussunda ficaria envergonhado de acompanhar o já limitado - mas que antes ainda tinha alguma graça - Casseta e Planeta, que passou de programa ousado da tradicional Rede Globo, para mais um programa do estilo “faça piadinhas e puxe o saco do chefe ao mesmo tempo”. Zacarias e Mussum devem se revirar no túmulo ao ver o que Renato Aragão e Dedé Santana tem feito com a reputação dos trapalhões, misturando jargões épicos com um programa que serve de palco pra ex-BBB’s, capas de playboy e “comediantes” sem nenhum caguete para tal.
O pior de tudo é que a guerra entre as duas maiores emissoras, Globo e Record tem frustrado ainda mais as esperanças de ligar a TV em um canal aberto e acompanhar um programa de humor refinado. Nos embalos de sábado à noite com chuva de Floripa, onde tudo é melhor que estudar, eu tive a infeliz inspiração pra criar esse texto.
Primeiro acompanhei um pouco de Zorra Total, nada de novo a mesma falta de criatividade de sempre, conseguindo inclusive estragar grandes nomes do humor como Paulo Silvino, Agildo Ribeiro, Orlando Drummond, entre outros e com a que parece ser uma estranha filosofia de Mauricio Sherman, diretor geral do programa, se algo realmente for engraçado, é sumariamente retirado das atrações.
Agora vem a parte que envolve a guerra entre as duas emissoras.
Depois de, a duras penas, ver um bom tempo de Zorra Total, lembrei que havia estreado um novo programa de humor na Record com os antigos integrantes do 5ª categoria da MTV e mais alguns humoristas que, na antiga emissora me faziam rir, Hermes e Renato, por exemplo. Entretanto, o que eu vi foi desapontante, uma tentativa de misturar CQC com Pânico na TV, mas que mais pareceu um misto de Zorra Total com Casseta e Planeta. Porém, de uma coisa eles podem se exaltar, não é qualquer programa que consegue estragar Hermes e Renato com tamanha habilidade.
Logo que terminou, mudei pra MTV pra ver como havia ficado o 5ª categoria, agora sob o comando do grupo DEZnecessários, bom, tosco é apelido, não consegui assistir tudo pra formar uma crítica melhor. O meu senso crítico já pendia pro lado do nojo, resolvi desistir de avaliar aquela cópia mesquinha do “Os improváveis”.
Ao que tudo indica, o humor no Brasil tem seguido a mesma linha da música, principalmente do rock, onde a atual geração vive à custa da nostalgia e das bandas de garagem, aqui representadas pelo Stand-Up Comedy, salvando raras exceções, CQC, por exemplo. Quanto ao resto, temos que aturar Cines e Pittys fazendo piada em rede nacional.
Enquanto isso o humor ó...

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