A doce ilusão da melhora vem em momentos em que eu consigo ocupar a minha cabeça e desviar os pensamentos das questões que mais me afligem. No entanto, dois ou três dias sozinho, só eu e meus pensamentos, são suficientes para que tudo desande, para que a sensação de vazio volte a ocupar o meu dia a dia.
A luta contra a minha ansiedade é complexa, difícil, exige uma resiliência que eu desconhecia dentro de mim. Afastar pensamentos ruins tem sido meu passatempo nos últimos dias, lutar contra a imaginação, contra perguntas retóricas, as quais eu não quero saber a resposta, tenho medo.
Mas é preciso lutar. Seria muito mais fácil me dopar, dormir o dia todo e só acordar quando houvesse algo a fazer para ocupar a minha cabeça. Mas esse não sou eu. Não que nesse momento eu saiba exatamente quem eu sou, porque a confusão que se estabelece dentro de mim me deixa em dúvidas sobre absolutamente tudo. É fato que eu não sou mais quem eu era, mas sigo na tentativa de juntar os pedaços e me tornar melhor, mais forte e mais preparado para responder as vicissitudes da vida.
Eu só quero que tudo isso passe, que a minha vida volte ao normal e que eu possa sorrir de verdade, refletir externamente as sensações e o bem-estar internos que sempre fizeram parte de mim. Atualmente esse sorriso é carregado de dor e de aflição, de uma escuridão que já me habitou, por pouco tempo, mas habitou e que infelizmente surge novamente, mais forte do que nunca.
Espero que o sentido da montanha russa se inverta novamente e volte a ser ascendente, para que essa velha “amiga” seja substituída por luz, afinal de contas, por fim tudo é uma piada... eu só quero que volte a ter graça novamente.
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